A Disneylíada é um livro completo para quem viaja ou gosta de narrativas de viagens, principalmente daquelas onde você precisa conhecer a experiência de quem já foi. Tem informações, links e orientações para quem vai à Flórida, visitar o Mickey e comprar nikes e ipods.

É a história de um viajante cansado, muito cansado...( veja alguns capítulos nas postagens de Jan, 16. )

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quarta-feira

Canto I - Flórida


“Garota eu vou pra Califórnia, viver a vida sobre as ondas “

Lulu Santos

Como nasceu a Disneyworld? Uma oportunidade imobiliária surgida nos anos 60 do século XX, quando boa parte do interior da Flórida era um pântano infestado de alligators e no litoral, Daytona Beach, Fort Lauderdale, Tampa e Miami se confirmavam como destinos turísticos tropicais. Eram centenas de Convenções de religiosos e empresários ou categorias profissionais, desde os anos 20. Foi a primeira Era de Ouro Americana.

A Flórida era também o melhor caminho para as Ilhas da América Central, Cuba, Cayman Island, Antilhas. Mas só para quem tinha um barco, uma classe acima, portanto. A primeira parada do turismo náutico sempre acontecia na pequena pérola do Golfo do México, Key West, o último porto americano naquele lado, formado por um cordão de ilhotas.

Aí veio um artista e empreendedor bilionário, às escondidas, comprou uma cidade inteira para construir atrações de grande público e tornou a Flórida destino do mundo. Chamava-se Elias. Walter Elias Disney. Nascido em Chicago, em 1901, crescido e espancado pelo pai numa fazenda em Marceline, Missouri. Morto em 1966, era mais famoso do que Jesus Cristo. E que o John Lennon não nos ouça...

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O grande estado da Flórida sempre teve uma vocação natural muito forte para ser natureza mesmo. Não é uma ilha, mas é banhada de mar por – quase - todos os lados. Inclusive por dentro. Tem grandes, pequenas e minúsculas lagoas doces, ligadas a pântanos e tem o imenso parque florestal de Everglades, com o chão das ruas forrados de irmãos do Wally, aquele jacaré do desenho animado de Hanna & Barbera. Quando se vê do avião, parece playmobil, milhas e milhas de chão organizado.

O clima tropical cheio de água favorece a vida animal e a costa ainda é cheia de fauna marinha, fonte de vida para os índios Seminoles, primeiros habitantes a serem expulsos do local. A história da Flórida é de menina abandonada que se fez por si mesma, mas com a ajuda de um admirador estrangeiro no final.

Foi território espanhol do século XV até o século XVII, quando passou para os Ingleses numa troca – vejam só – por Havana, em Cuba. Correntes migratórias do Caribe marcaram o território latino desde cedo. Há uma fábrica de charutos Cubanos na Flórida com uns cem anos. Fidel é coisa recente por lá.

Depois os ingleses perderam a guerra da independência dos EUA, em 1776, usando a Flórida como base operacional. Os americanos independentes trocaram-na mais uma vez, pelo apoio dos espanhóis para a futura nação. Em 1821 a Flórida deixou de ser imigrante ilegal e passou a ser a estrela número 27 da Stars and Stripes, nome artístico da Bandeira Americana. Mas a Flórida tem, por ironia histórica, a mais antiga cidade americana, Saint Augustine, fundada em 1569.

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No século XX, a Flórida Índico-Caribenha-Espanhola de plantações, gado, mineração, turismo nas praias, e dinossauros nos subsolos foi se extinguindo e dando lugar a um estado mais norte-americano. Foi a expansão multinacional dos EUA revertida para dentro. Hoje concentra grandes atrações de turismo – com e sem praias, aliás – e tecnologia das mais avançadas. Desde o retrô futurista no Magic Kingdom, primeira obra do Disney, até Cabo Canaveral, a estação de lançamentos de naves espaciais da NASA, obra do Verner Von Braun, aquele alemão que serviu ao Hitler enquanto os americanos não chegavam até ele, no final da Guerra.

Disney e Von Braun trabalharam juntos. O cientista alemão e o cineasta americano já possuíam em comum o gosto pela leitura do mestre da ficção Julio Verne e ambos criaram lá suas coisas com base naquelas descrições. Disney criou filmes com foguetes, Von Braun, foguetes. Mas no início da década de 50, o alemão entrou na folha de pagamento do americano, o que era muito comum com europeus naquela época de pós-guerra. Von Braun foi consultor técnico na criação de um seriado Disney sobre extra-terrestres, algo que nunca fez sucesso, por isso, nunca achei o nome. Alguém se habilita?

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Então, como eu dizia, uma oportunidade imobiliária deve ter batido na mesa de Walt, tendo ao lado seu irmão Roy e o amigo Ub Iwerks. Vende-se Terrenos amplos na Flórida, clima tropical, fartura de água, tudo tão barato que você nem acredita. Ou seja, terrenos bem longe das cidades, na baixada do interior mais quente, cheio de lagoas que transbordam quando chove. E como chove na Flórida. A mãe de Disney se chamava Flora. Protegia-o das surras. Podia ser um sinal. Um empreendimento como aquele imaginado por Disney seria bem recebido em qualquer grande cidade americana.

Os três empresários olhavam os anúncios da Flórida e viam o futuro do próximo parque. O primeiro, a Disneyland, havia sido um estrondoso sucesso, em Anaheim, na Califórnia, do outro lado dos EUA, que hoje soma quase 500 milhões de visitas. No melhor estilo americano, Disney havia reunido seus funcionários mais criativos no que chamou de Disney Imageneering, uma fábrica de idéias. Daí nasceram os parques.

A DisneyLand, a Californiana, inaugurada em 1955, era um pouco de Coney Island misturada com Hollywood, a imensa janela para a fantasia. Coney Island é a terra das primeiras roller coasters, no litoral do estado de Nova York. Este parque da Califórnia foi a marca da expansão do pós-guerra no terreiro dos Disney. Mas não era a primeira vez que alguém iria turisticamente visitar um filme, participar da experiência, com cenários e reprodução de emoções e sentimentos.

A Universal Studios, em Hollywood, já dava seus passeios com turistas desde 1912. A MGM, a United Artists, idem. Mas com Disney era a primeira vez que alguém misturava isso com parques de diversão, roller coasters e cobraria o valor de um almoço pela entrada. Velocidade, giro, música, dança, luzes, água espirrando, e o Mickey ali na sua frente. Qual criança no mundo, depois de assistir Fantasia, ou qual adulto, desde Steamboat Willie, não gostaria de ir à casa do rato ?

A Disney na Flórida começou no início dos anos 60, com o nome de projeto X. Foram comprados 27 mil hectares através de várias empresas, para não levantar a bola. Quando o jornal Orlando Sentinel avisou que alguém ia comprar o condado de Osceola quase inteiro, especulou-se a vinda da Ford, da MacDonnel Douglas, da Hughes, grandes fábricas de artefatos antigos como aviões e carros. Houve alguma elevação de preços. Disney denunciou-se a si mesmo como o grande comprador e os imóveis vizinhos dispararam de preço. A indústria do futuro, Hollywood, estava a caminho da Flórida, entertainment business. Até os alligators comemoraram.

Walt Disney chegou a ver em vida as maquetes, as primeiras obras, os projetos e os orçamentos, de 400 milhões de dólares. Depois de sua morte, em 66, o projeto foi rebatizado de Walt Disney World, mais conhecido por lá pelo nome de Magic Kindgom, o primeiro dos seis parques Disney na Flórida, inaugurado em 71. O irmão dele, Roy Disney, inaugurou o parque e morreu um ano depois, dando fim à Era Disney e início à era fantasma, sob a presidência do sobrinho de Walt, Roy Edwards, que por pouco não enterrou tudo com desmandos administrativos. A era Disney Corporation só começou a levantar o império de hoje em 1984, sob a tutela dos administradores profissionais Michael Eisner e Frank Wells .

As terras que abrigam o complexo Disney na Flórida, enfim, ganharam status de cidade, Lake Buena Vista. Disney pensou no particular como se faz infra-estrutura de governo de primeiro mundo. Era um artista e empreendedor nato, tipo Midas, mas sem a maldição do ouro. A maldição de Disney foi outra.

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Midas foi um rei da mitologia grega, numa lenda que ensina sobre a ambição desmedida, o perdão e a honra. Ele ofereceu hospedagem, prazer e alegria a Sileno, o pai do deus do prazer, Dionísio. Sileno havia se perdido depois de uma bebedeira daquelas, promovida por Baco, Deus do Vinho, naquelas noites intermináveis no Baixo Olimpo.

Pela cortesia, concedeu Dionísio a Midas a realização de um desejo, a ser pago por Baco, responsável pelo pileque de Sileno. Pediu Midas: quero que tudo quanto eu toque se transforme em ouro. Contrariado pela escolha imbecil, Baco aceitou e Midas saiu tocando tudo o que via até que sentiu fome e sede e tudo que sua língua tocava, virava ouro.

Ele não morreu de fome. Midas pediu perdão à Baco, pelo olho grande, que muito mais contrariado, concedeu de novo, e mandou que ele se lavasse no rio Pactolo, na Grécia, que até hoje tem essas areias cor de ouro. A história de Midas é posterior à Ilíada.

Midas terminou a vida distribuindo riquezas, assim como Disney, que se foi aos 65 anos, de câncer, a maldição que lhe coube, sem direito a perdão dos Deuses. Um herói americano. Quando tentou se alistar para a Guerra, já em 1918, foi rejeitado pela baixa idade. Inscreveu-se então na Cruz Vermelha e foi assim mesmo, para dirigir ambulâncias, com 16 anos.

Gostava do Brasil. Conheceu Carmem Miranda, ouvia o Bando da Lua e veio ao Rio uma vez, mostrar o Zé Carioca. Dizem que colaborou com o senador MacCarthy para expulsar comunistas de Hollywood, nos anos 40. Pode ter sido. Se foi, pesa a balança a seu favor. Por razões óbvias porque preservou a Disney da política destruidora de imagens do Macarthismo. Filhos e netos dos comunistas devem ter ido à Disney também. E agradecem a Deus por isso.

Um comentário:

Unknown disse...

É Alex. Você seguiu meu conselho e está sainda daquela vida.
Muito bom este capítulo. Uma linguagem fácil e com humor.

Sucesso, Norton.

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